Cada vez mais as empresas buscam avançar no mercado digital. Para isso, funções nas áreas de design, programação de softwares e comunicação têm se valorizado, com grande demanda e concorrência.

Um dos novos cargos que têm surgido nestas transformações é o profissional de UX (User Experience, que significa “experiência do usuário”), cuja função é estudar a sensação e a experiência que o usuário de um site ou produto terá no momento do manuseio. Ou seja, significa trazer, por meio de estudos que envolvem até psicologia, um design apropriado que traga conforto para quem usa.

Aos 22 anos, Lucaian Assi é o profissional de UX na Raffcom, agência de comunicação e inteligência digital sediada em Brusque com escritório em São Paulo. Formado em Design Gráfico na Unifebe, ele trabalha há um ano na empresa, após ter conseguido uma vaga de estágio na área de design de animação, em um dos processos que o UX envolve. Mais tarde, houve a oportunidade da efetivação, quando Assi passou a lidar com todo este setor na agência.

O designer explica que há uma diferença fundamental entre o UX e o que o profissional do ramo impresso faz em relação ao receptor ou leitor da mensagem “O UX é uma necessidade no mercado do meio digital. Envolve estudos de comportamento do usuário neste meio, porque as pessoas se comportam de maneira diferente entre digital e presencial. A forma de comprar, interagir, é muito diferente. Então desenvolvemos estes estudos para transmitir informações de forma otimizada.”

Como Assi nunca havia trabalhado com UX e nunca havia atuado em agências antes da Raffcom, houve dificuldades naturais em sua adaptação. “Uma agência tem uma dinâmica, uma demanda própria, que é grande, é puxada. Então é muito desafiador, mas durante a graduação nós aprendemos teoria e prática desta área.”

Outro desafio vem das constantes inovações pedidas por empresas que a Raffcom atende. Trabalhando também com clientes que atuam voltados para um público mais jovem, ele sente rápidas mudanças em seus trabalhos. “É um mercado em franca expansão, então nos traz muitas novidades, muitos formatos a cada dia, muitos aprendizados”, explica.

Com todos os aprendizados em um curto período, Assi acaba se tornando um coringa da agência, por ter que dominar outras habilidades adjacentes à sua função principal. Desta forma, o profissional de UX se torna multimídia, mais completo, pela necessidade que existe a partir da crescente demanda.

“É um mercado em franca expansão, então nos traz muitas novidades, muitos aprendizados”, conta Assi | Foto: João Vítor Roberge

Ambiente
Para a pessoa desavisada ou para aqueles que não têm familiaridade com as novas empresas do meio digital, a sede da Raffcom pode parecer uma lan house ou até mesmo uma casa, quando na verdade há dezenas de pessoas trabalhando. A decoração contemporânea tem até mesmo mesa de pebolim e uma copa que poderia muito bem ser de uma cafeteria.

Questionado sobre a influência de um ambiente de trabalho diferente do tradicional com a intenção de descontração, Assi afirma que é uma mudança para melhor. Ameniza a pressão e facilita os trabalhos.

“A empresa tem este esforço em fornecer um ambiente que seja o mais familiar possível, com o máximo de conforto. Mas é necessário manter em mente que ainda é um ambiente profissional, em que precisamos ter e receber tratamento profissional. Um local assim pode trazer ideias diferentes.”

Futuro
Surpreendido pelo que o ramo de UX lhe proporcionou em pouco mais de um ano, Assi está investindo no complemento da sua formação para aprender ainda mais sobre sua função e crescer profissionalmente. “Hoje eu me vejo à deriva, mas pretendo fazer uma pós-graduação em marketing digital, que é um mercado com muito potencial.”


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